Isabel Sofia Calvário Correia (Fundão, 1975) é professora Adjunta na Escola Superior de Educação do Politécnico de Coimbra. Foi bolseira de doutoramento FCT na área da crítica textual, mais concretamente em torno do romance arturiano em prosa. Desse trabalho resultou a publicação do livro Do Lancelot ao Lançarote de Lago. Tradição Textual e Difusão Ibérica do romance arturiano contido no manuscrito 9611 BNM.
Tem vários artigos publicados dedicados ao estudo do romance arturiano e edição de manuscritos desta temática, e também,se dedica e publica textos sobre livros de cavalaria, sobretudo nas relações de diálogo intertextual, ou de tradição textual, que estes textos evidenciam com o romance arturiano. É co-autora da única edição crítica do manuscrito 643, o romance arturiano português Estória do Santo Graal. É investigadora integrada do Seminário Medieval Literatura, Pensamento e Sociedade (SMELPS), na Universidade do Porto, tendo já participado em projetos financiados relativos à difusão do romance arturiano ibérico.
Salvo de arder na fogueira do famoso escrutínio da biblioteca de Alonso Quijano, juntamente com o Amadis de Gaula e o Tirante o Branco, a Crónica do famoso e muito esforçado cavaleiro Palmeirim de Inglaterra foi atribuída por Cervantes a um «discreto rey de Portugal». Explica-se isto pelo facto de as duas primeiras edições conhecidas desta obra terem aparecido de forma anónima, uma por volta de 1544, e uma outra em 1567, na cidade de Évora, pelo impressor André de Burgos. Só a edição de 1592 (Lisboa, António Álvares) inseria pela primeira vez um prólogo redigido pelo autêntico autor da obra, o português Francisco de Moraes.
Deste escritor sabe-se muito pouco. Nascido provavelmente em Bragança, foi criado na casa de D. António de Noronha, conde de Linhares, um dos mais poderosos homens da corte de D. João III. Em novembro de 1540, acompanhou o filho do conde, D. Francisco de Noronha, na qualidade de secretário, numa embaixada a França para tratar de assuntos relacionados com presas marítimas, regressando por volta de 1544. Crê-se que foi durante a sua estada em França que escreveu a obra-mestra que agora apresentamos.
Neste texto, dominado pela ideia de Cruzada cristã contra os turcos, é possível ler algumas das aventuras mais memoráveis do género cavaleiresco, entre as quais se devem destacar a do Castelo de Miraguarda, defendido pelo gigante Almourol, ou a das Quatro Damas Francesas. A sua elegante prosa, a descrição de vestidos e personagens, a naturalidade dos diálogos e a magnífica representação das figuras femininas convertem esta obra numa das mais importantes do género cavaleiresco do século XVI.
Com este livro dá início a coleção de Material de apoio à leitura de O Universo de Almourol, cujos conteúdos completam o conhecimento dos livros de cavalarias portugueses dos séculos XVI-XVII. A estrutura destas obras é organizada tomando como modelo a conhecida coleção de textos cavaleirescos do Centro de Estudios Cervantinos, hoje Instituto Universitario de Investigación Miguel de Cervantes: uma breve introdução, um resumo do argumento capítulo a capítulo, um dicionário de personagens e, por último, uma listagem de lugares.
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