Aurelio Vargas Díaz-Toledo (Toledo, 1978) é Doutor em Filologia Românica e Prémio Extraordinário de Doutoramento pela Universidade Complutense de Madrid, com uma tese sobre La edición crítica del «Leomundo de Grécia», um livro de cavalarias manuscrito, do português Tristão Gomes de Castro.
O seu interesse pela matéria cavaleiresca lusitana levou-o a publicar a monografia intitulada Os livros de cavalariasportugueses dos séculos XVI-XVIII (Lisboa, Pearlbooks, 2012), bem como a editar as duas partes castelhanas do Palmerín de Inglaterra (Toledo, herdeiros de Fernando de Santa Catherina, 1547-1548), do português Francisco de Moraes.
Foi Professor e Investigador do programa de pós-doutoramento Juan de la Cierva na Universidade de Alcalá de Henares. Trabalhou como Lecturer na University College Dublin (Irlanda) e foi Investigador FCT na Universidade do Porto, onde dirigiu o projeto de investigação com financiamento europeu intitulado Base de dados sobre a Matéria Cavaleiresca Portuguesa dos séculos XVI-XVIII, cujos resultados podem ser consultados no Portal Parnaseo, dirigido pela Professora Doutora Marta Haro Cortés: https://parnaseo.uv.es/UniversoDeAlmourol/ (2017-). Atualmente, é Professor Contratado Doutor na Universidade Complutense de Madrid.
Aduas primeiras partes da Argonáutica da Cavalaria foram descobertas há apenas quinze anos, em 2003, quando tivemos a fortuna de dar com elas em Lisboa, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, dentro dos Manuscritos da Livraria, sob a cota 686. Antes, só existiam referências na Biblioteca Lusitana, de João Franco Barreto, e na obra homónima de Diogo Barbosa Machado. Ambos bibliógrafos falavam de uma dedicatória dirigida a D. Francisca de Aragão, um dado que não se pôde verificar devido à perda das folhas iniciais do manuscrito. Ainda assim, tal dedicatória existiu porque Barbosa Machado recolheu com exatidão tanto o título do livro como as suas palavras iniciais, afirmando que fora dedicado a esta senhora, que era então «condessa de Vila-Nova de Ficalho». Por causa desta alusão, a Argonáutica da cavalaria pode situar-se num arco cronológico muito reduzido, isto é, entre 1599, ano da instauração do dito título, e 1607, data da renúncia de Francisca de Aragão no seu segundo filho. Portanto, o texto de Gomes de Castro deverá ter sido composto no calor do apogeu do género cavaleiresco em Portugal, isto é, entre os finais do século XVI e os princípios do século XVII.
De igual modo, a dedicatória a uma personagem tão destacada como D. Francisca de Aragão indica-nos o círculo cultural em que surgiu a obra de Gomes de Castro, um ambiente requintado, feminino e cortesão que apreciava mesmo os livros de cavalarias.
O argumento das duas partes da Argonáutica da cavalaria giram em torno de dois grandes eixos. O primeiro corresponde ao desenvolvimento da relação amorosa entre Leomundo de Grécia e Rocilea de Espanha, um amor quase impossível como consequência da inimizade que existia entre os gregos e os espanhóis. O segundo tem a ver com os preparativos para a guerra entre o reino espanhol e o império heleno.
Com a publicação desta obra recuperamos um escritor, Tristão Gomes de Castro, que permaneceu na mais absoluta escuridão durante muito tempo e que, no entanto, passou a ser um dos mais significativos e prolíficos criadores de livros de cavalarias de Portugal.
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